25 de outubro de 2010

All WE need is love.

Esperamos dias melhores, dias em que mostraremos a algo superior, que nós, seres humanos, podemos ser superiores, superiores a nós mesmos, superiores à nossa ignorância.
Mas nem todos esperam isso. Apenas um grupo restrito de pessoas, querem um mundo melhor, um povo melhor. O resto da população se acomoda, com a situação atual de tudo. Do mundo, das pessoas, da natureza. Se acomodam, com a tecnologia, com o dinheiro, com o material. Mas esquecem que isso é insignificante perante a grandiosidade do mundo acima de nós. Da grandiosidade da população ao nosso redor, e do tamanho do estrago que uma 3a Guerra Mundial pode causar a tudo isso. A tudo o que conhecemos como mundo.
É em momentos como esse, em que paro para refletir sobre o planeta em que vivemos, que fico com uma pontada de inveja dos anos 60, 70. Dos Beatles. Dos Hippies. Do Rock de garagem. Das brincadeiras de criança, de verdade. Do início da MPB.
Apesar de drogas rolando livremente, ou de brigas pequenas rolando por ai, por intrigas geradas entre bandas que estavam começando. Apesar de revoluções motivadas por movimentos civis em favor de negros e homossexuais. Ou ainda da falta de tecnologia. Apesar disso tudo, o mundo parecia mais fácil, mais fácil de viver, as pessoas pareciam ser mais fáceis de conviver. Tudo era complacente, tolerante, honesto.
Eu sinto uma nostalgia chata, pois naquela época, a população defendia a paz, a valorização do ser humano, da natureza, do mundo.
E hoje, o que o povo defende ?
O capitalismo, o materialismo, o petróleo, a política, qual é o melhor salário, qual é a melhor marca, qual o melhor meio de atacar um país inimigo.
Onde está o ser humano, aquele de verdade, que tem coração no lugar de uma pedra ou de uma granada? Que tem um cérebro ao invés de uma caixa registradora? Que é um pouco sentimentalista ao invés de tão racionalista?
Sinto falta do que não vivi, mas sei que era melhor do que hoje eu vivo. Sinto falta do que ninguém dessa geração viveu, e provavelmente nem de gerações passadas. Tenho saudades da paz, da natureza, de um mundo mais calmo, mas coração, mas ao mesmo tempo mais inteligente. Pois hoje o sinônimo de inteligência é esperteza, mas se fôssemos tão inteligentes quanto julgamos ser, pode acreditar, o mundo e as pessoas não seriam o desastre que são hoje.

"Se o homem buscasse a conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos (...) A insegurança e a frustração o levam à violência e à guerra."
- John Lennon -

4 de outubro de 2010

“O Brasil não é para principiantes.”

Inicío o texto com uma frase de Tom Jobim, e acho que ela diz muito sobre como vivemos hoje. Algumas notícias não nos chocam mais, pois estamos acostumados por morar aqui, e confrontar com isso dia a dia. Mas estrangeiros que vêem tudo de fora, ficam boquiabertos com tamanha falta de ética, respeito e educação que o país tem.

Nascemos em um país de 3º mundo. Vivemos ouvindo notícias sobre pobreza, violência, crises, corrupção, maus políticos.

Em meio a tudo isso, aprendemos a viver em um meio país. Um país com meia educação, com meia economia, com meia cultura, com meia saúde. Nada é completo aqui. Uma parte do país, diga-se sul, é autossuficiente, enquanto a outra mal consegue sobreviver com o que o país inteiro produz.

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e ex presidente da República, afirma “que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está ai”.

Após refletir sobre tal julgamento, vindo de alguém que atuou na política do país, e que vem tentando estudar, a pelo menos 50 anos, o Brasil, alguns podem pensar que ele diz que o nosso país não pode mudar, ou que talvez não tenha esta circunstância.

Por outro lado, outros podem pensar que o quadro do Brasil, pode sim ser revertido, mas em suas condições. Ele não pode mudar por conta própria, enquanto políticos roubam, a educação não existe, e o sistema de saúde é falho. O Brasil só muda quando os brasileiros mudarem o todo. O Brasil vai melhorar apenas quando ele for íntegro. Quando todos quiserem viver em uma sociedade justa e igualitária.

Mas nem todos querem isso. Os poderosos, que estão no topo de tudo aqui, não pensam por um segundo sequer em tentar reverter o estado social, econômico e político que o país se encontra. Pois transformando o país, tudo irá virar-se contra eles. De nada adianta só os pobres e miseráveis lutarem por um mundo melhor. O país não vive dos muitos que falam por ai, mas sim dos poucos que agem. O que falta hoje no mercado.