31 de maio de 2010

beleza morta.

Somos hoje, produto de uma mídia e de uma beleza estereotipada. Estamos sempre buscando uma beleza desumana, anormal, e corremos contra a idade, para sermos belas.
Não saímos de casa sem dar uma retocadinha com um pó e um rímel, nem para ir até a esquina comprar pão.
Somos comparadas, postas 'a mesa', e nós mesmas, queremos ser sempre mais do que a nossa amiga.
Uma das profissões de maior lucro atualmente, é a medicina plástica, isto porque nunca estamos satisfeitos com nosso reflexo no espelho. Queremos sempre um pouquinho mais de peito, um pouquinho menos de barriga, tirar umas gordurinhas ali, colocar um botox aqui.
Viver constantemente buscando a beleza perfeita, hoje em dia é uma doença.
Muitas e muitas mulheres belas de antigamente, são taxadas hoje em dia de monstros pela excessiva quantidade de retoques e plásticas que fizeram.
Alguns exemplos são Jocelyn Wildenstein e Donatella Versace, comprovando a idéia que nem sempre o dinheiro ajuda.
Além de plásticas mal sucedidas, temos ainda problemas de anorexia e bulimia. Jovens do mundo inteiro, encontram a morte, por desafiarem o peso. Acham que quanto mais magras mais bonitas, até chegarem a isso.
Se submetem a uma série de exercícios físicos, param de comer, ou em alguns casos, comem e depois colocam tudo para fora, tudo para entrarem no padrão da sociedade e da mídia.
Ser bonita hoje em dia quer dizer sim, muita coisa para adolescentes e mulheres, e como já dizia o grande Vinícius de Moraes, 'que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental'.
Mas tudo isso, deve estar ligado ao bem estar e a saúde, porque de nada adianta ser linda por fora, e por dentro estar morrendo.
'Porque beleza acima de tudo, é sentir-se bem.'

Pauta para Sílaba Tônica.

PS: Fiquei em 1o lugar na segunda edição do Sílaba Tônica, com esse texto :DD

27 de maio de 2010

diga com quem andas, mas (não) te direi quem és.

Desde pequena escuto minha mãe dizer, que a partir do dia que nascemos, fazemos parte da sociedade e devemos explicações para ela. Falava que temos que escolher com quem andamos, para não ficar com a reputação queimada e eu sempre batia de frente com ela e dizia que eu não devia nada a ninguém, falava, e falava quantas vezes fossem necessárias, "são eles que pagam minhas contas por acaso ?".

Ela brigava, e ainda briga e bate boca comigo por causa disso. E agora eu sei o porque ela diz isso. Ela tem medo, que falem o que eu não sou, que espalhem coisas por ai, que na verdade não sou eu que faço, e tem medo que minhas amigas façam isso.

Compreendo o que ela diz, e por um lado, concordo totalmente com ela. A sociedade, na maioria das vezes, não vai acrescentar algo novo na sua vida. Hoje em dia então, muito menos. Vivemos em meio ao caos, a violência, a prostituição, a meninas querendo adiantar a sua idade, meninos se drogando. Hoje não é como antigamente que alguém podia falar com quem você anda ou o que você deixava de fazer. Porque, por dentro, a pessoa que comenta sabe que também já fez algo de errado, ou anda com pessoas que já fizeram algo não tão bom.
Porém, devemos sim, ser seletivas ao escolher as amizades. Mas não é por isso que devemos andar só com quem é puro ou bom. Todos já pecaram, todos fazem coisas que prejudicam alguém. Portanto, devemos escolher pessoas que fazem bem para nós, pois a nossa imagem não somos nós que fazemos, e não é o que somos de verdade, já a consciência deve estar bem limpa.
Há pessoas que gostam mesmo, deste negócio de acompanhar a vida de todos como uma novela. Que falam mal, mas não tem idéia nenhuma de como a pessoa é de verdade, ai saem por ai espalhando e inventando o que não devem.
Então, antes de culpar amizades ou coisas ruins que acontecem, mães, pais, parentes e a sociedade no geral, deveria olhar mais para quem gera este tipo de informação, para que essas pessoas sim, parem de falar coisas que não devem, e para que estas cresçam de espírito e moral, coisa que hoje falta muito na sociedade.

-Pauta para Blorkutando!

24 de maio de 2010

muito mais especial. -acessibilidade.

Uma menina gordinha, provavelmente com facilidade para ganhar peso, se lamentava, por querer ser mais magra.
No mesmo instante, em outro ponto da cidade, uma menina magrinha, fraquinha, se lastimava, porque cobiçava ter mais peso.
Uma loira com cabelo liso, gostaria de ter cabelos castanhos escuros e ondulados, enquanto uma mulher de cabelos encaracolados e pretos, gostaria de ter cabelos claros e lisos.
Um se lamenta aqui, por não ser o que deseja, outro se lamenta lá por não ter o que quer. Enquanto isso a vida passa, na velocidade da luz por nossos olhos.
Temos muito mais tempo para lamuriar o que não somos, e o que não temos, mas pouco para olharmos para o nosso umbiguinho e vermos que temos 2 braços, 2 pernas, pensamos, andamos, comemos e estamos saudáveis, enquanto muitos por ai, não tem braço, perna, ou não andam, são alimentados por sondas, e ainda assim acham a vida um dom de Deus.
Parando para pensar, vemos que nos queixamos por muito, muito pouco, enquanto os que poderiam se queixar, aprendem a ver a vida por um novo ponto de vista, por uma nova perspectiva.
Escutando o que essas pessoas com deficiência, seja ela qual for, tem a dizer, aprendemos que a vida é muito mais do que um cabelo ruim ou uma gordurinha a mais. Aprendemos a nos satisfazer com a nossa cor de olho ou o nosso tamanho, e que essas queixas, perante a dor ou ao sofrimento dessas pessoas, são minúsculas, e podem ser esquecidas, enquanto elas aprendem a conviver com esse tipo de problema, e sabem que lamentos não mudarão nada.
Aprendem a viver a vida, de sua maneira, uma maneira diferente, mas não menos especial e normal do que a dos demais.
Por isso penso que, com tanta modernidade que hoje a humanidade possui, a acessibilidade aos deficientes deveria ser maior.
Acessibilidade a tudo, nas escolas, nos restaurantes, nos semáforos, nas ruas e calçadas. E muito mais que isso, deveriamos instruir a todos, que por mais diferentes que essas pessoas possam parecer, elas são pessoas iguais a todos, e muito melhores que alguns tachados de 'normais' por ai.
Possuem muito mais lições para ensinar, do que pessoas que ficam o dia inteiro vidrados em telas de computadores ou assistindo besteiras na TV.
São pessoas que como nós, constituem a humanidade e o futuro do mundo, e deveriam com toda a certeza, ser vistos com outros olhos, olhos de admiração, olhos de respeito, por que eles merecem isso.

17 de maio de 2010

cuide do jardim, as borboletas vem até você.

o ser humano, em alguma fase de sua vida deve seguir dois caminhs destintos, ou a busca eterna da felicidade ou o poço de dor e sofrimento de uma busca que nunca conseguiremos terminar, e que na maioria das vezes, nem é tão importante assim.
Os sábios, tendem a optar, pela busca da felicidade, pelo mistério da vida, pela filosofia do amor. Os sábios buscam encontrar em meio a dor, um meio alternativo para a felicidade, para aprender sempre um novo ensinamento.
Enquanto isso, os ignorantes, gostam de permanecer sempre estáticos, no seu pequenino mundo feito de magia e imaginação. Eles beiram a loucura, com sua falta de realidade.
Pessoas assim, gostam de viver em meio ao sofrimento, ao desafeto, a infelicidade. Sentem algo prazeroso nisso. Por isto pendem para o lado louco de cada ser humano, enquanto os sábios desabam para o lado crítico, humano, afável, harmonioso.
Enquanto os ignorantes, choram por paixões repentinas e pouco duradouras, e se desmancham em um mar de lágrimas, os sábios, tropeçam na paixão, tratam de curar o raspão da queda, erguem a cabeça e seguem adiante. Deixo bem claro, não estou dizendo que sábios depois de um coração partido não vão se apaixonar nunca mais. Vão, e muito, mas vão aprender com os erros, aprender que nada é mais precioso que a nossa própria felicidade, o humano sábio, sabe ser um pouco egoísta e egocentrista, e ao mesmo tempo sabe se doar ao outro, sem se humilhar. Enquanto isto o ignorante chora e chora por algo que perdeu, e não consegue extrair nada de bom, com sua decepção, se humilha, se entrega ao outro sem ter pelo menos um mínimo de orgulho.
O homem sábio, preserva princípios, mas sabe se adequar a cada pessoa. Já o ignorante muda princípios, mas nega se adequar aos seres ao seu redor.
Enquanto o ignorante, é masoquista, se machuca sozinho, pensa que nunca alcançará a felicidade e nem ao menos se esforça para sair do buraco da dor, o sábio se preserva, se ama, e cuida do terreno, para que um dia seja concebido com a felicidade. Sabe que nada é impossível, mas também sabe, que tudo que é bom e precioso não é conquistado com pouco trabalho.
Dito isto, o sábio sabe se destacar, com sua ousadia, esperteza e inteligência, ser tudo em um só, enquanto o ignorante, continua com sua pequena e inferior ignorância, tentando ser apenas mais um entre tantos outros.