20 de dezembro de 2010

nada esclarecido.

Prezei isto aqui por tanto tempo, que hoje, sinto um arrependimento enorme por não ter vindo aqui frequentemente nesses últimos meses.
Mas o problema é que, eu não sei se eu volto, quando eu volto, e onde toda a minha criatividade se escondeu todo esse tempo. Não quero deixar tudo o que eu lutei tanto para criar, nem abandonar o blog, porque eu gosto, gosto mesmo daqui.
Me sinto tão livre, e tão bem quando escrevo, que é como se eu tirasse uma tonelada das minhas costas.
Pode ser coisa da minha cabeça, ou algo assim, mas alguma coisa bloqueou minha vontade de escrever. Como se o lugar onde antes eu tinha tudo o que eu escrevia guardado, hoje apenas se acha uma névoa chata e fria.
A única coisa que eu quero no momento, é voltar a escrever aqui, só isso.

25 de outubro de 2010

All WE need is love.

Esperamos dias melhores, dias em que mostraremos a algo superior, que nós, seres humanos, podemos ser superiores, superiores a nós mesmos, superiores à nossa ignorância.
Mas nem todos esperam isso. Apenas um grupo restrito de pessoas, querem um mundo melhor, um povo melhor. O resto da população se acomoda, com a situação atual de tudo. Do mundo, das pessoas, da natureza. Se acomodam, com a tecnologia, com o dinheiro, com o material. Mas esquecem que isso é insignificante perante a grandiosidade do mundo acima de nós. Da grandiosidade da população ao nosso redor, e do tamanho do estrago que uma 3a Guerra Mundial pode causar a tudo isso. A tudo o que conhecemos como mundo.
É em momentos como esse, em que paro para refletir sobre o planeta em que vivemos, que fico com uma pontada de inveja dos anos 60, 70. Dos Beatles. Dos Hippies. Do Rock de garagem. Das brincadeiras de criança, de verdade. Do início da MPB.
Apesar de drogas rolando livremente, ou de brigas pequenas rolando por ai, por intrigas geradas entre bandas que estavam começando. Apesar de revoluções motivadas por movimentos civis em favor de negros e homossexuais. Ou ainda da falta de tecnologia. Apesar disso tudo, o mundo parecia mais fácil, mais fácil de viver, as pessoas pareciam ser mais fáceis de conviver. Tudo era complacente, tolerante, honesto.
Eu sinto uma nostalgia chata, pois naquela época, a população defendia a paz, a valorização do ser humano, da natureza, do mundo.
E hoje, o que o povo defende ?
O capitalismo, o materialismo, o petróleo, a política, qual é o melhor salário, qual é a melhor marca, qual o melhor meio de atacar um país inimigo.
Onde está o ser humano, aquele de verdade, que tem coração no lugar de uma pedra ou de uma granada? Que tem um cérebro ao invés de uma caixa registradora? Que é um pouco sentimentalista ao invés de tão racionalista?
Sinto falta do que não vivi, mas sei que era melhor do que hoje eu vivo. Sinto falta do que ninguém dessa geração viveu, e provavelmente nem de gerações passadas. Tenho saudades da paz, da natureza, de um mundo mais calmo, mas coração, mas ao mesmo tempo mais inteligente. Pois hoje o sinônimo de inteligência é esperteza, mas se fôssemos tão inteligentes quanto julgamos ser, pode acreditar, o mundo e as pessoas não seriam o desastre que são hoje.

"Se o homem buscasse a conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos (...) A insegurança e a frustração o levam à violência e à guerra."
- John Lennon -

4 de outubro de 2010

“O Brasil não é para principiantes.”

Inicío o texto com uma frase de Tom Jobim, e acho que ela diz muito sobre como vivemos hoje. Algumas notícias não nos chocam mais, pois estamos acostumados por morar aqui, e confrontar com isso dia a dia. Mas estrangeiros que vêem tudo de fora, ficam boquiabertos com tamanha falta de ética, respeito e educação que o país tem.

Nascemos em um país de 3º mundo. Vivemos ouvindo notícias sobre pobreza, violência, crises, corrupção, maus políticos.

Em meio a tudo isso, aprendemos a viver em um meio país. Um país com meia educação, com meia economia, com meia cultura, com meia saúde. Nada é completo aqui. Uma parte do país, diga-se sul, é autossuficiente, enquanto a outra mal consegue sobreviver com o que o país inteiro produz.

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e ex presidente da República, afirma “que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está ai”.

Após refletir sobre tal julgamento, vindo de alguém que atuou na política do país, e que vem tentando estudar, a pelo menos 50 anos, o Brasil, alguns podem pensar que ele diz que o nosso país não pode mudar, ou que talvez não tenha esta circunstância.

Por outro lado, outros podem pensar que o quadro do Brasil, pode sim ser revertido, mas em suas condições. Ele não pode mudar por conta própria, enquanto políticos roubam, a educação não existe, e o sistema de saúde é falho. O Brasil só muda quando os brasileiros mudarem o todo. O Brasil vai melhorar apenas quando ele for íntegro. Quando todos quiserem viver em uma sociedade justa e igualitária.

Mas nem todos querem isso. Os poderosos, que estão no topo de tudo aqui, não pensam por um segundo sequer em tentar reverter o estado social, econômico e político que o país se encontra. Pois transformando o país, tudo irá virar-se contra eles. De nada adianta só os pobres e miseráveis lutarem por um mundo melhor. O país não vive dos muitos que falam por ai, mas sim dos poucos que agem. O que falta hoje no mercado.

15 de agosto de 2010

quer saber, já foi!

E hoje eu percebi, que eu devo mudar. Mudar tudo, o meu jeito de viver, o meu jeito de me relacionar, o meu jeito de depender das pessoas.
Não posso mais me apegar tanto, a outro alguém, não devo mais deixar a minha felicidade, nas mãos de alguém que não sabe manipulá-la.
Sinto como se o meu passado todo, hoje, neste instante, tivesse evaporado, sumido no espaço, no caos. Aprendi, por meio da obrigação, que o que está no passado, deve ser deixado lá. Ele está lá porque não merece ser remexido mais.
Olhar para trás, não faz bem nem para a mente, nem para o coração.
Ficar pensando no que poderia ser feito em algum momento que passou, também não.
Não posso mentir, e dizer que hoje estou bem, e que sei que amanhã vou acordar com um sorriso de orelha à orelha, porque não vou.
Apenas, hoje, posso afirmar que me sinto livre, solta. Agora sei que devo me desprender do que antes me acorrentava, e não me deixava respirar livremente.
Neste momento, sei que nada pode me amarrar, nada pode me impedir de caminhar para os meus objetivos e sonhos.
É como se uma etapa estivesse selada, não da melhor forma possível, nem do jeito que eu gostaria que terminasse. Mas, percebo que simplesmente acabou.
Não adianta lutar por alguém, que claramente não quer ser 'salvo', por assim dizer. Não adianta me esforçar, para ter algo, que nunca foi meu de verdade.
Não vale a pena sofrer por alguém, que não quer seu sofrimento, nem sua dor, nem seu sentimento. Simplesmente tem seu ego maior que tudo.
Declaro que hoje, simplesmente vou ser menos extremista, menos sentimental. E vou ser mais, muito mais. Mais alegria, mais eu mesma, mais racional, mais impulsiva. Pois a vida é feita de impulsos.
Cansei, de reclamar para quem gosta de mim sobre meu coração partido. E essas pessoas me falarem que o melhor a fazer era esquecer, e partir para outra. E sinto muito a quem falou isso para mim, deveria ter escutado antes, refletido mais, sobre essas palavras.
Cansei de me magoar por ver, em alguma festa que poderia ser muito mais divertida, algo que você fez.
Cansei de passar noites pensando, no que você pensa de verdade, em vez de pensar na MINHA vida, nos meus sonhos, no que me faz bem.
Você simplesmente, deveria mesmo ter sumido da minha vida a muito tempo, mesmo, se fosse para me fazer o mal que fez até hoje.
Mas sinto muito em dizer que agora, por mais que eu esteja sofrendo, eu não quero mais, nem ao menos ouvir falar no seu nome, nem ao menos falar com você novamente. Não me faz bem, e não, não é o que eu quero para mim de novo. Me prender a alguém que não existe. Porque tudo não passou de uma ilusão. E eu, eu mesma, estou cansada de ilusões.
Quero alguém real, que tenha coragem de agir, coragem de falar, de olhar nos meus olhos, e dizer tudo o que sente.
Coisa que você nunca terá.

até a morte.

“O médico então lhe perguntou:
- Por que a pressa?
e ele respondeu:
- Todos os dias neste horário vou visitar minha esposa que está em um asilo.
E o médico comentou:
- Que bacana! Então vocês matam as saudades, batem papo, namoram um pouquinho!
E o velhinho diz:
- Não! Ela não me reconhece mais, por causa de sua doença.
O médico surpreso então pergunta:
- Mas por que então tanta pressa para vê-la, já que não o reconhece mais?
E com um sorriso no rosto, o velhinho responde:
- Mas eu a reconheço! Eu sei quem ela é e o que representa na minha vida a tantos anos. Por isso todos os dias eu a reconquisto, como se cada conquista fosse única e verdadeira. Este é o verdadeiro amor!”

Quero alguém assim, para a vida toda. (':

24 de julho de 2010

Aborto.

Não só no Brasil, mas também, ao redor de todo o mundo, o aborto, o ato de abortar, é um assunto que gera uma grande polêmica. Quando um concorda, o outro vem com mil e um argumentos para discordar. Quando um discorda, o primeiro ver com mais pensamentos para fazer com que todos concordem.
Apesar de ser defendido, pela maioria das pessoas, em caso de estupro- muitos vão vir com bombas e rojões para cima de mim agora - sou completa e irrevogavelmente contra o aborto. Uma mulher vou violentada, até ai tudo bem. Coloquem o estuprador na cadeia, dêem a ele a pena de morte. Mas não matem uma criaturinha que não tem o direito de opinar. Ela não pediu para vir ao mundo. Mas também ninguém tem o direito, de tirar a vida de um feto.
Nada pode fazer com que uma vida seja jogada 'no lixo'. Pois é assim que eles fazem, com essa frieza. Matam como se fosse algum tumor ou um câncer que esteja dentro da mulher. Algo prejudicial, que provoque sua morte. Mas ao contrário disso, ela estará dando a luz a um ser humano. Em menos de 9 meses esta mulher será mãe de um serzinho que será como qualquer outro homem, irá chorar, rir, comer, sentir dor.
Não sei como alguém que poderá ser chamado de mãe, e carrega no ventre o 'dom da vida' pode pensar em matar o seu descendente. Alguém que tem 50% dos genes iguais aos dela. Poderá nascer com a mesma cor do seu olho, do seu cabelo.
É de uma frieza sem tamanho, pensar em tirar a vida de um filho, que além de tudo não tem culpa nenhuma. Como ela pode levar a vida depois disso tranquilamente, sabendo que matou um fruto seu?
Ninguém, ninguém mesmo, tem o direito de tirar a vida de uma pessoa. Consta na constituição, e no código penal, que isso é crime. Então por que motivo, uma pessoa tem o direito de cometer o aborto? Isso é um crime também, muito maior do que matar alguém que já pode se defender.
E, ainda assim, as pessoas vem dizendo, que o filho será um peso, em caso de estupro. Nada vale mais do que uma vida. Nem um trauma, para isso existem psiquiatras. Uma criança não deveria ser um peso, e sim um conforto. De algo ruim, saiu uma vida.
E, em caso de gravidez na adolescência. A menina possivelmente, não terá capacidade, de cuidar de alguém se nem mesmo cuida de si. Mas e ai? Ninguém mandou não tomar juízo na hora certa.
Além disso, o mundo todo alerta sobre os cuidados para não engravidar, camisinha, anti-concepcional. Deve-se arcar com as consequências. E acima de tudo, preservar uma vida, que não quis estar ali, não tem culpa alguma. E só tem o direito de viver.

'Matar não é tão grave como impedir que alguém nasça, tirar a sua única oportunidade de ser. O aborto é o mais horrendo e abjeto dos crimes. Nada mais terrível do que não ter nascido!' (Fernando Sabino).

I'm back.

Não consigo mais pensar. Não consigo expressar o que eu sinto, quando falo. Não consigo nem escrever mais.
Não sei o que está acontecendo comigo. Faz quase um mês, que visito direto, a minha página inicial do blog. E, simplesmente, não consigo colocar as palavras em ordem aleatória na minha cabeça. Nada são sai da minha mente mais.
Sinto muito, tudo o que eu prezei por muito tempo, está indo embora. Não visito outros blogs, não escrevo, não leio. Não consigo fazer mais nada. Simples assim.
Bom, seria simples, se eu soubesse o que anda acontecendo comigo.
Comecei, em um mês mais ou menos 5 livros.
Agora me peçam se eu consegui terminar algum? não.
Nenhum, fazem exatamente 2 meses que eu não consigo prestar atenção em um livro.
Nada me prende. Tudo parece tão superficial e falso.
E, tudo machuca. Qualquer palavra fora do contexto. Qualquer coisinha, que não esteja certa, e que vá contra os meus pensamentos, machucam.
Estou irritadiça. Só não mordo, porque ainda não passei para a fase de cachorro. hahaha.
Brigo o tempo todo, com todos. E parece que sinto prazer nisso. Até tomar consciência do que eu estou fazendo. Ai eu me machuco. Novamente.
Minha língua está mais afiada que nunca. Qualquer chance de uma tirada sarcástica, qualquer uma, por menor que seja. Eu não perco. E acabo sempre me ferrando depois.
Bom, pelo menos uma coisa, consegui fazer hoje. Voltar para o meu blog. Aleluia.
O próximo passo é conseguir fazer as outras 500 coisas, que eu não estou conseguindo fazer no momento.
Inspiração, volta pra mim, por favor. Não sou nada, nada sem você.
Aliás, me falta também a paciência, o bom humor, a vontade. Fora isso, está tudo bem, obrigada.
Bom final de semana para vocês, porque o meu com certeza vai ser um lixo . ):

16 de julho de 2010

:/

Grande sentimento, para pouca atenção.
Grande dor, para pouco amor.
Grandes sonhos, para pouca realidade.
Geralmente acontece isso comigo.
Sempre, a vida dá uma volta por mim, e piora.
Quando tudo parece estar indo tão bem. Tudo é arruinado.
Quando a dor parece passar, todo o passado volta.
Logo que todos ao meu redor se ajeitam, eu me desmancho.
E, sem nenhuma atenção, ainda tento mostrar de todas as formas, que tudo ainda está aqui.
Aqui dentro de mim, pulsando firmemente, de segundo em segundo. A cada batida do meu coração.
Quando digo, que não vou conservar esse amor. Minto.
Volto atrás sempre. Nada muda.
Nunca.

20 de junho de 2010

boom.

Continuo tentando entender, porque algumas pessoas são orgulhosas ao ponto de querer guardar uma coisa, que não pode e não deve ser guardada. Algo grande, que afeta várias pessoas ao seu redor.
Os orgulhosos, não pensam nas consequências que estão quase estourando.
Não se colocam no lugar dos outros, os quais possivelmente serão afetados pela escolha ruim, que ele estará prestes a fazer.
Um sentimento camuflado. Uma dor mascarada, convertida em um coração frio, duro, sem reação alguma. Tudo isso cria uma pessoa má. Uma pessoa ruim, que machuca a si mesma, e muito mais aos outros, que caem em sua lábia fácil e harmoniosa. Sagacidade que depois se converterá em esquecimento, medo, disfarce, coração partido.
Isso assola uma vida toda, um coração que antes era são, sadio.
Arruina uma época, um amor, um sentimento. Um sentimento bonito, que depois vira um particular filme de terror. A única diferença, é que o filme não passa de uma ilusão de pouco mais de uma hora e meia. O coração partido, o sentimento encoberto, a fala engolida, são mais longos, mais duradouros, mais marcantes, mais lancinantes.

11 de junho de 2010

'E eu sou um pouco do seu céu, então.'

Em meio a uma conversa, sobre futuro, casamento, filhos, família, estava um casal de namorados, de mãos dadas andando pelo parque.
Augusto, esperava o momento para contar o que julgava o fim, fim de tudo. Camila, por outro lado, estava nas nuvens, e não imaginava o que estava por vir.
Algo se passou pela cabeça do garoto e ele segurou as mãos de Camila e a fez parar. Ela parou, e ele a fitou com o olhar que parece uma eternidade.
-Eu tenho uma coisa pra te contar Camila.
-Fala logo Guto, quando me chama de Camila, eu fico assustada.
-Eu fiz um exame essa semana...
-Que exame?
-Um exame... de AIDS.
-Augusto ! Como assim, fez um exame de AIDS?
-E, deu positivo.
-MEU DEUS DIVINO, Augusto, sua mãe sabe disso?
-Sim, ela disse que me pai... huum, meu pai também tinha, mas depois que contou para ela quando estava grávida de mim, ele foi embora. Por isso fiz o exame. E por isso não contei para você. Porque 'tava' com medo da sua reação.
-Augusto, essa notícia veio como uma bomba, tu me fala isso do nada. De repente, tu me disse que tinha só AIDS.
-Eu sei, pode deixar que eu te esqueço, pode ir embora, eu não vou ficar triste. Mesmo, te amo o bastante, para querer que você vá embora, e não olhe para trás. Vou te fazer sofrer, muito.
-Guto, eu te amo. Te amo de verdade. Essa doença, só prova que eu vou ficar você sempre. Vou estar sempre do seu lado. Pode ter certeza disso.
-MAS EU NÃO QUERO, QUE VOCÊ ME VEJA MORRENDO. QUE VOCÊ VIVA POR MIM. QUE VOCÊ FIQUE PRESA A MIM, QUANDO EU ESTIVER MAL.
-Eu vou estar presa a você para sempre. Eu estou ligada a você Augusto! Lembra quando falávamos que o nosso coração tem uma corrente que liga um ao outro, fechado com um cadeado? Eu falava sério. Nada vai me separar de ti. Nem isso.
-Você vai sofrer. Você vai me ver sofrer, e eu não quero isso para ti. Eu te amo o suficiente para te deixar livre Mila. Eu te amo o suficiente para saber que a vida que eu vou ter de agora em diante, não vai ser boa para você, muito menos para mim. Não é o que eu quero para mim, e, no momento, você é a única que eu tenho certeza que eu quero fora disso.
-Eu vou lutar até o seu último suspiro, e te provar sempre, sempre Augusto, todo o dia que você levantar, que por mais que a doença esteja contigo, não é ela que vai te levar para baixo, e baixo e baixo. É você mesmo. E agora, me falando isso é o começo da sua queda. Olhe o que aconteceu com o seu pai. Ele foi embora deixou sua mãe com você. Todos que com certeza amavam ele. E morreu.
Eu não quero que isso aconteça com você. Te amo o suficiente para lutar por isso, com você.
-Mila, eu-não-esperava-essa-reação...
Augusto falou entre suspiros, e em meio ao choro.
-...eu pensei, que você iria jogar a aliança no chão, e ir embora. No momento em que eu te disesse que eu tenho AIDS.
-Eu te amo, como eu nunca amei ninguém. A notícia, foi uma bomba, estou sendo sincera. Não vou agir, como se não cambaleei no momento que você disse isso. Não deu nem tempo de eu ter reação. Mas você é meu namorado, e possivelmente o amor da minha vida. E por mais que você diga para mim sua vida inteira, que você é um peso em minha vida. Eu vou dizer para você que você me coloca no chão. E eu sou um pouco do seu céu, então. Ficamos no meio termo. Todas as vezes que você disser que quer que eu vá embora e te esqueça, eu vou te lembrar que amor verdadeiro não desiste de algo. Nunca. Se você viajar, for tratar de sua doença ou morar em outro lugar. Se você fugir de mim. Se você ficar o tempo que for sem falar comigo. Eu ainda assim vou te amar. Sei disso. E essa é a escolha que eu tomo para a minha vida. Ter meu coração preso ao seu sempre. Até a eternidade.


Pauta para Sílaba Tônica.
3a edição. Texto com imagem.


em clima de dia dos namorados.

O amor verdadeiro não acaba. Ele simplesmente é para sempre. Supera distância, tempo, espaço. Porque o amor não liga para o relógio, não liga para quantos quilômetros os dois corações estão um distante do outro. Um amor verdadeiro, é o que liga uma alma a outra, pela vida inteira, até o dia de sua morte, ou quem sabe quebra a barreira da morte, e existe apenas para sempre.
O mundo fala em amor. Um menino tenta conquistar uma menina dizendo que a ama. Uma menina diz que ama sua bolsa.
Essas três hipóteses são tão utópicas, estúpidas e fúteis, e penso que o mundo não irá nunca para frente com esses divagações.
Em primeiro lugar, o mundo não é feito de amor, quem sabe um dia de paz, mas amor, nunca. O amor é pessoal, e relativamente pequeno, para elevá-lo ao mundo todo. Não porque eu não queira, e esteja fazendo apologia as guerras, muito pelo contrário. O mundo precisa de paz, não amor. Na história da humanidade, muitas lutas, e afrontas foram geradas pelo amor. Amor fanático, amor platônico. Mas sempre amor.
Na segunda suposição, o menino não ama a garota. Ele só faz isso para conquistá-la. Ele ama uma por semana. Se apaixona a cada mês. E isso não é amor. o amor, é muito mais do que palavras ou atos. É uma vida toda. É uma coisa construída, dia a dia, por épocas. Não é uma palavra que vai demonstrar o quanto você vai lutar, e lutar, e nunca desistir por alguém.
Você vai sentir isso, quando possuí-lo.
Em terceiro lugar. O ser humano, é acostumado a amar coisas, objetos, os quais poderíamos, muito bem viver sem.
Mas não amam o próximo, não amam sua família, não amam eles mesmos. Estão vidrados em coisas materiais e esquecem que o que os move é o sentimento.
E, digo, que na humilde opinião que possuo hoje, e ela poderá mudar com o tempo, que o amor verdadeiro está se esvaindo, sumindo pouco a pouco do mundo.
Hoje se vê poucas pessoas lutando por um sentimento. Lutando contra os impasses que a vida nos coloca na face para conservar o amor.
Hoje se vê poucas pessoas casadas até a morte. Esse sentimento vem se perdendo ao longo dos séculos, e milênios.
O amor é enternecedor, são séries de sentimentos, ligados em um só, formando uma coisa perfeita. Que possivelmente , nem a morte é capaz de separar.

31 de maio de 2010

beleza morta.

Somos hoje, produto de uma mídia e de uma beleza estereotipada. Estamos sempre buscando uma beleza desumana, anormal, e corremos contra a idade, para sermos belas.
Não saímos de casa sem dar uma retocadinha com um pó e um rímel, nem para ir até a esquina comprar pão.
Somos comparadas, postas 'a mesa', e nós mesmas, queremos ser sempre mais do que a nossa amiga.
Uma das profissões de maior lucro atualmente, é a medicina plástica, isto porque nunca estamos satisfeitos com nosso reflexo no espelho. Queremos sempre um pouquinho mais de peito, um pouquinho menos de barriga, tirar umas gordurinhas ali, colocar um botox aqui.
Viver constantemente buscando a beleza perfeita, hoje em dia é uma doença.
Muitas e muitas mulheres belas de antigamente, são taxadas hoje em dia de monstros pela excessiva quantidade de retoques e plásticas que fizeram.
Alguns exemplos são Jocelyn Wildenstein e Donatella Versace, comprovando a idéia que nem sempre o dinheiro ajuda.
Além de plásticas mal sucedidas, temos ainda problemas de anorexia e bulimia. Jovens do mundo inteiro, encontram a morte, por desafiarem o peso. Acham que quanto mais magras mais bonitas, até chegarem a isso.
Se submetem a uma série de exercícios físicos, param de comer, ou em alguns casos, comem e depois colocam tudo para fora, tudo para entrarem no padrão da sociedade e da mídia.
Ser bonita hoje em dia quer dizer sim, muita coisa para adolescentes e mulheres, e como já dizia o grande Vinícius de Moraes, 'que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental'.
Mas tudo isso, deve estar ligado ao bem estar e a saúde, porque de nada adianta ser linda por fora, e por dentro estar morrendo.
'Porque beleza acima de tudo, é sentir-se bem.'

Pauta para Sílaba Tônica.

PS: Fiquei em 1o lugar na segunda edição do Sílaba Tônica, com esse texto :DD

27 de maio de 2010

diga com quem andas, mas (não) te direi quem és.

Desde pequena escuto minha mãe dizer, que a partir do dia que nascemos, fazemos parte da sociedade e devemos explicações para ela. Falava que temos que escolher com quem andamos, para não ficar com a reputação queimada e eu sempre batia de frente com ela e dizia que eu não devia nada a ninguém, falava, e falava quantas vezes fossem necessárias, "são eles que pagam minhas contas por acaso ?".

Ela brigava, e ainda briga e bate boca comigo por causa disso. E agora eu sei o porque ela diz isso. Ela tem medo, que falem o que eu não sou, que espalhem coisas por ai, que na verdade não sou eu que faço, e tem medo que minhas amigas façam isso.

Compreendo o que ela diz, e por um lado, concordo totalmente com ela. A sociedade, na maioria das vezes, não vai acrescentar algo novo na sua vida. Hoje em dia então, muito menos. Vivemos em meio ao caos, a violência, a prostituição, a meninas querendo adiantar a sua idade, meninos se drogando. Hoje não é como antigamente que alguém podia falar com quem você anda ou o que você deixava de fazer. Porque, por dentro, a pessoa que comenta sabe que também já fez algo de errado, ou anda com pessoas que já fizeram algo não tão bom.
Porém, devemos sim, ser seletivas ao escolher as amizades. Mas não é por isso que devemos andar só com quem é puro ou bom. Todos já pecaram, todos fazem coisas que prejudicam alguém. Portanto, devemos escolher pessoas que fazem bem para nós, pois a nossa imagem não somos nós que fazemos, e não é o que somos de verdade, já a consciência deve estar bem limpa.
Há pessoas que gostam mesmo, deste negócio de acompanhar a vida de todos como uma novela. Que falam mal, mas não tem idéia nenhuma de como a pessoa é de verdade, ai saem por ai espalhando e inventando o que não devem.
Então, antes de culpar amizades ou coisas ruins que acontecem, mães, pais, parentes e a sociedade no geral, deveria olhar mais para quem gera este tipo de informação, para que essas pessoas sim, parem de falar coisas que não devem, e para que estas cresçam de espírito e moral, coisa que hoje falta muito na sociedade.

-Pauta para Blorkutando!

24 de maio de 2010

muito mais especial. -acessibilidade.

Uma menina gordinha, provavelmente com facilidade para ganhar peso, se lamentava, por querer ser mais magra.
No mesmo instante, em outro ponto da cidade, uma menina magrinha, fraquinha, se lastimava, porque cobiçava ter mais peso.
Uma loira com cabelo liso, gostaria de ter cabelos castanhos escuros e ondulados, enquanto uma mulher de cabelos encaracolados e pretos, gostaria de ter cabelos claros e lisos.
Um se lamenta aqui, por não ser o que deseja, outro se lamenta lá por não ter o que quer. Enquanto isso a vida passa, na velocidade da luz por nossos olhos.
Temos muito mais tempo para lamuriar o que não somos, e o que não temos, mas pouco para olharmos para o nosso umbiguinho e vermos que temos 2 braços, 2 pernas, pensamos, andamos, comemos e estamos saudáveis, enquanto muitos por ai, não tem braço, perna, ou não andam, são alimentados por sondas, e ainda assim acham a vida um dom de Deus.
Parando para pensar, vemos que nos queixamos por muito, muito pouco, enquanto os que poderiam se queixar, aprendem a ver a vida por um novo ponto de vista, por uma nova perspectiva.
Escutando o que essas pessoas com deficiência, seja ela qual for, tem a dizer, aprendemos que a vida é muito mais do que um cabelo ruim ou uma gordurinha a mais. Aprendemos a nos satisfazer com a nossa cor de olho ou o nosso tamanho, e que essas queixas, perante a dor ou ao sofrimento dessas pessoas, são minúsculas, e podem ser esquecidas, enquanto elas aprendem a conviver com esse tipo de problema, e sabem que lamentos não mudarão nada.
Aprendem a viver a vida, de sua maneira, uma maneira diferente, mas não menos especial e normal do que a dos demais.
Por isso penso que, com tanta modernidade que hoje a humanidade possui, a acessibilidade aos deficientes deveria ser maior.
Acessibilidade a tudo, nas escolas, nos restaurantes, nos semáforos, nas ruas e calçadas. E muito mais que isso, deveriamos instruir a todos, que por mais diferentes que essas pessoas possam parecer, elas são pessoas iguais a todos, e muito melhores que alguns tachados de 'normais' por ai.
Possuem muito mais lições para ensinar, do que pessoas que ficam o dia inteiro vidrados em telas de computadores ou assistindo besteiras na TV.
São pessoas que como nós, constituem a humanidade e o futuro do mundo, e deveriam com toda a certeza, ser vistos com outros olhos, olhos de admiração, olhos de respeito, por que eles merecem isso.

17 de maio de 2010

cuide do jardim, as borboletas vem até você.

o ser humano, em alguma fase de sua vida deve seguir dois caminhs destintos, ou a busca eterna da felicidade ou o poço de dor e sofrimento de uma busca que nunca conseguiremos terminar, e que na maioria das vezes, nem é tão importante assim.
Os sábios, tendem a optar, pela busca da felicidade, pelo mistério da vida, pela filosofia do amor. Os sábios buscam encontrar em meio a dor, um meio alternativo para a felicidade, para aprender sempre um novo ensinamento.
Enquanto isso, os ignorantes, gostam de permanecer sempre estáticos, no seu pequenino mundo feito de magia e imaginação. Eles beiram a loucura, com sua falta de realidade.
Pessoas assim, gostam de viver em meio ao sofrimento, ao desafeto, a infelicidade. Sentem algo prazeroso nisso. Por isto pendem para o lado louco de cada ser humano, enquanto os sábios desabam para o lado crítico, humano, afável, harmonioso.
Enquanto os ignorantes, choram por paixões repentinas e pouco duradouras, e se desmancham em um mar de lágrimas, os sábios, tropeçam na paixão, tratam de curar o raspão da queda, erguem a cabeça e seguem adiante. Deixo bem claro, não estou dizendo que sábios depois de um coração partido não vão se apaixonar nunca mais. Vão, e muito, mas vão aprender com os erros, aprender que nada é mais precioso que a nossa própria felicidade, o humano sábio, sabe ser um pouco egoísta e egocentrista, e ao mesmo tempo sabe se doar ao outro, sem se humilhar. Enquanto isto o ignorante chora e chora por algo que perdeu, e não consegue extrair nada de bom, com sua decepção, se humilha, se entrega ao outro sem ter pelo menos um mínimo de orgulho.
O homem sábio, preserva princípios, mas sabe se adequar a cada pessoa. Já o ignorante muda princípios, mas nega se adequar aos seres ao seu redor.
Enquanto o ignorante, é masoquista, se machuca sozinho, pensa que nunca alcançará a felicidade e nem ao menos se esforça para sair do buraco da dor, o sábio se preserva, se ama, e cuida do terreno, para que um dia seja concebido com a felicidade. Sabe que nada é impossível, mas também sabe, que tudo que é bom e precioso não é conquistado com pouco trabalho.
Dito isto, o sábio sabe se destacar, com sua ousadia, esperteza e inteligência, ser tudo em um só, enquanto o ignorante, continua com sua pequena e inferior ignorância, tentando ser apenas mais um entre tantos outros.

18 de abril de 2010

beleza.

Um pensamento em minha cabeça, vem flutuando a dias.
Todos sabem, que só depois de chover, o arco-íris aparece, não é?
Todos também sabem, que apenas depois da dor do parto, se vem o milagre da vida, ou que uma borboleta precisa, antes de exaltar tanta beleza, ser uma mínima lagarta.
Com isso, percebo, que as melhores coisas no mundo, as mais belas, e graciosas, vem apenas depois de coisas ruins, ou sofrimentos.
Talvez, seja porque, aprendemos a dar mais valor as coisas boas, ou aprendendo com as ruins, vendo que a beleza pode sim aparecer depois do sofrimento. Uma dor não é o fim da vida, e sim o começo dela.
Tudo fica melhor depois de uma boa dose de dor, pensamos, refletimos e agimos com mais certeza e ousadia.
Aliás, aprendemos a apreciar as coisas belas, e também a desejar, às vezes, que coisas não tão boas aconteçam. E chegamos ao fato de que das coisas ruins, podem nascer coisas boas, porque como dizem até em cactos nascem flores.

1 de abril de 2010

but you're untouchable !

Seria mentira, e burrice minha dizer que eu não sinto mais nada por ti. Como seria também uma verdadeira calúnia, dizer que não sinto ciúmes.
Mas de nada adianta eu ainda guardar meus sentimentos, se você não faz nada que os mereça. Cansei de passar noites chorando por erros seus, cansei de ficar pensando no melhor para nós dois, enquanto você pensava no melhor apenas para você.
Tentei e tentei várias vezes te dar chances desmerecidas, e não ter resultado algum. Dei o meu melhor para que tudo desse certo, e você sempre achava alguma via para estragar tudo.
Você coloca uma máscara em seu rosto, para não mostrar o que sente, e nunca demonstra um pingo sequer de carinho ou remorso.
Pede desculpas, mas já estou tão acostumada de ouvi-las que elas já não tem o mesmo significado.
Sentia, que como se a cada dia, eu tentasse te prender a mim, mas você queria se soltar com todas as forças e fugir, e quando conseguia, voltava com suas famosas 'desculpas' dizendo que não queria me magoar e que ainda me amava.
Mas parece que me amar não era o suficiente para ficar comigo, você queria correr o risco, se arrepender, me perder para começar a entender o que significa gostar de alguém.
Passava os dias pensando em como eu fui tola em acreditar mais uma vez nas suas desculpas esfarrapadas, e em como você tem o dom de causar dor ao outro, e prometia nunca mais olhar para sua face sequer.
Mas eu sempre voltava atrás, respondendo ao seu oi indiferente no msn, aceitando suas desculpas, voltando a falar com você e me importando com quem você estava ou deixava de estar.
Algo me liga a ti, ou me puxa ao seu encontro. Mas isso suga todas as minhas forças.
Estou cansada de pedir para você mudar o seu comportamento, e afirmar, que você mudou sim, e muito de uns tempos para cá.
Cansei de me magoar, porque vejo você com outra, ou porque você me irrita e consegue acabar com toda a minha força e paciência.
Com um olhar, ela evapora, e o que sobra são só sentimentos já desgastados com o tempo, menos o amor, ele ainda continua lá, intacto como uma rocha.
Não sei, se mais uma chance mudaria tudo, se tudo ficaria bem, ou se mais uma vez você arrancaria meu coração e o quebraria ao meio. A sua tão famosa máscara cobre os seus sentimentos, porque você tem medo de mostrá-los a mim. Medo de que eu te machuque, mas mais do que eu já me machuquei por sua causa, é impossível.
Não sei se tudo seria como no começo, se a minha vida voltaria a ser como antes, quando você ainda era carinhoso, e dizia que me amava verdadeiramente, sem fazer nenhuma burrada.
A cada momento tenho medo de perder você, mas ao mesmo tempo, tenho medo de voltar pra ti e me machucar. Tenho medo de sofrer dos dois jeitos. Minha indecisão é consequência de tantos machucados que você causou.
E tenho mais medo ainda, de cair na sua lábia, e não entender o verdadeiro significado da indecisão que você tanto fala.

14 de março de 2010

past.

Pensando um pouco, acho que tenho uma estranha vontade de ficar mal.
Aliás, tem dias que faço de tudo para isso, ao menos é o que parece. Sinto como se a vida não fosse bela o suficiente para mim. Pelos últimos textos que tenho escrito, vocês podem perceber.
É como se eu sentisse prazer na dor, mas eu não gosto de senti-la
Minha vida está em uma etapa cinza, que por sinal, está demorando uma eternidade para passar.
Penso, e levo essa etapa, como se fosse uma lição para mim. Para rever tudo o que eu acho certo ou errado. Mas de nada adianta eu aprender se esse tempo nublado não muda, para botar tudo em prática.
Converso com quem me deixa para baixo, revejo fotos que me deixam mal, penso em coisas que não me fazem bem, e até em sonhos coisas melancólicas aparecem.
Estou cansada de ficar mal, de sentir aquele aperto no peito. De olhar ao meu redor, e sempre relembrar coisas que não foram boas.
Ouvi um dia, certa frase "o que está no passado, deve ser deixado lá". Mas não consigo adaptá-la a minha vida. Vivo hoje, pelo passado. Tento me distrair o tempo todo, mas uma hora ou outra a dor repentinamente me apunhala e me machuca, mais do que antes.
Fujo dos meus pensamentos, mas eles parecem ser mais velozes do que eu, do que minhas emoções e uma hora eles passam a minha frente e me relembram de tudo. Tudo o que no momento o que eu mais quero é esquecer.

13 de março de 2010

sóbria insanidade!

Sendo, ou não privilegiada de inúmeras, e inúmeras maneiras, como minha mãe costuma constantemente me lembrar, eu me sinto péssima a dias, a vários dias.
Sinto como se algo pesasse em meu peito, e que alguma coisa quer fechar a minha garganta me deixando ser ar.
Minha vida está sem ar. Não consigo pensar mais com clareza, tudo o que eu faço é superficial, não valorizo nada que me fazem, e não estou apta a me doar a nada que eu faço.
Simplesmente não consigo. É uma coisa mais forte que eu. Muito mais forte.
Algo que me puxa para baixo todo o tempo, e sempre que eu estou lá embaixo, quer me puxar mais e mais.
A sobriedade em minhas palavras e em meu pensamento, está sumindo, dando espaço a total insanidade, penso que literalmente falando.
E o mais improvável no momento é que eu queira voltar ao normal, os meus esforços acabaram. Cansei de tentar melhorar, no momento tenho vontade de abrir um buraco, e ficar lá, por um looooongo tempo, refletindo, mesmo sabendo que refletir agora não é bom. Aliás, nada agora é bom o suficiente. Nada vai fazer com que meu coração se organize novamente, e abra as portas. A distância é grande o suficiente para me garantir que nada disso é provável.

"Be quiet, let me leave, let me go, don't say another word;
Cause with every sound, you're pullin me down!"

11 de março de 2010

Como eu vou esquecer de tudo, fazer a dor passar, dormir em paz a noite sem te ter em meus sonhos?
Quando vou poder sentir algo novamente, quando meu coração voltará a ser livre, quando minha vida irá voltar a ser como era antes de você aparecer, antes de você mudá-la totalmente? :/

reeeeeeemember decembeeer (8)

5 de março de 2010

keep a straight face, always !

Percebo que por mais segurança que eu pareça ter, um dia como hoje deve sempre se fazer presente em minha vida.
Dia no qual, eu penso em tudo o que eu vivi, em quanta coisa eu deixei passar sem querer, e coisas das quais eu aproveitei o máximo possível.
Dia que eu penso que, na vida você escolhe seguir seus princípios e lutar para conseguir algo, ou usar golpes baixos e coisas inimagináveis das quais vai contra sua educação para ter o que você quer. E, por mais doído que seja, eu escolho os meus princípios. Não por querer ser alguém sempre perfeito, mas por tentar mostrar e dar sempre o meu melhor para todos.
Penso em dias assim, que o mundo no momento por mais incoerente que seja, uma hora ou outra terá de ser justo.
Dias de fossa mesmo! Hoje por exemplo estou sentindo, que eu não conseguirei suportar até amanhã tudo o que eu sinto. Não consigo chorar, mas também não consigo sorrir, não consigo conversar tranquilamente, não consigo me sentir completa. Parece que o meu tormento momentâneo levou uma parte de mim embora, e deixou a parte ruim para eu ficar aqui me martirizando.
Sinto coisas que eu não sei nomear, e também sinto coisas que já senti várias vezes, e não são nada boas.
E, em momentos assim, agradeço por ter os melhores amigos do mundo. Que me escutam, me aconselham e tentam me fazer sorrir, por mais difícil que seja.
E, como nas vezes anteriores, meu drama passará amanhã, acordarei com a alma limpa, raciocinando melhor, agindo com mais clareza. Não digo que é bom passar um dia assim, mas é necessário e carrega consigo um grande aprendizado!
E, amanhã tem festa, nada vai conseguir me derrubar!
No momento digo apenas que eu gostaria de ser extra-terrestre, para não ter um dia terrível como hoje, mas e quem sabe, eles também tenham as suas fossas ? vaaaaaaai saber, hahahaha

1 de março de 2010

Sou inconstante, agressiva e impaciente, por mais segurança que eu possa transparecer. Ganho pela teimosia, não pela esperteza. Mudo de idéia, ou melhor, nunca tenho uma escolha certa. Sou egoísta, obsessiva e ciumenta.
Tenho temores e medos de várias coisas, por mais coragem que minha face possa mostrar. Me apaixono facilmente, em contrapartida odeio com a mesma intensidade. Minha confiança é como o cristal sendo derrubado ao chão. Minha vida é como uma montanha russa. Sou frágil e confusa, muito indecisa. Prefiro me arrepender à passar vontade.
Sou completamente do contra. E prefiro brigar ao me expressar à engolir sapos. Por vezes penso que sou a vilã em vez de ser a mocinha. Acredito em príncipes, mas também acredito em bruxas, e acho que elas apenas são garotas com o coração partido. Podemos ser cruéis quando estamos em crise com nós mesmas.
Tenho temperamento mal resolvido consigo mesmo e já consegui persuadir algumas pessoas. Cabeça dura e coração mole. Sou o que vários chamariam de incoerência em pessoa.

é o bem ou o mal manoô ?

Chega um dia em que você deve escolher entre, ser o que você quer ser, ou ser o que os outros querem que você seja.
Uma personalidade própria. Ou aquela barbie moldada pela sociedade e pela mídia, sem sentimentos, com emoções falsas e fazendo de tudo para ser o centro das atenções, com características que não são suas por natureza.
Fazendo pessoas se apaixonarem por você pelo que é ou mudando de vida e de atitudes para ser aceitável perante a todos.
Um dia você deve escolher o que quer para você, seguindo regras ou as quebrando. Tendo personalidade ou seguindo a personalidade alheia.
É uma escolha duvidosa, mas que uma hora ou outra, chega para todos. Você escolhe viver a sua vida, ou viver a vida dos outros.
E não necessariamente se vai pelo caminho mais sábio e correto, há vezes em que pessoas vão pelo lado contraditório mudando para o lado não tão certo e direito. É uma escolha pessoal, que geralmente influência em amizades e carreira profissional. Mas só você pode tomar, por mais árdua e audaciosa que seja.

28 de fevereiro de 2010

l'amour, pas pour moi.

A dor, repentinamente chega ao meu corpo, sem medidas, e sem cura.
Ela simplesmente me toma completamente. Com raiva, solidão, medo. Medo que por vezes, tenho de tomar certas decisões, decisões que mudariam minha vida, ou decisões que colocariam tudo a perder. Medo de arriscar, de dizer o que eu penso, de mudar.
A minha dor não é uma dor qualquer. Ela chega sem dizer nada, machuca, machuca, machuca, e vai embora sem ao menos um tchau.
O tempo se fecha, meus olhos são tomados por lágrimas. Minha vida é uma eterna tempestade. Tempestade de amor, de brigas, de amor, de amor, de amor.
Eis uma palavra que não combina com a minha vida. Amor. Ele chega, toma conta do meu coração, faz suar minhas mãos, mexe com a minha cabeça, e de repente, a dor toma o seu lugar, sem nem ao menos uma justificativa coerente.
Não posso me apaixonar. Tenho o grave problema de sempre perder quem eu quero quando me apaixono. E não são paixões de 2 dias e meio, são mais duradouras, mas doloridas e mais marcantes.
Não combino com o amor, meu corpo não combina com o amor, e menos ainda o meu coração. Eles são duas coisas distintas. Mas e ai vem o velho ditado, os opostos se atraem. E acho que já percebi isso.

10 de fevereiro de 2010

All Right !

Eu queria o poder de voar. De sentir a liberdade em minhas veias. De apreciar o vento roçando suavemente em meu rosto.
Queria voar e me desligar da vida agitada e poluída daqui de baixo e só pensar em como o céu é belo, visto de outro ângulo.
Queria poder olhar lá de cima e ver como somos míseras formiguinhas, programadas para não ultrapassar limites, barreiras. E justamente, gostaria de voar para ultrapassar a fronteira entre privação e liberdade. A liberdade genuína, e ingênua!
Voar, para sentir o ar puro, se é que se pode sentir de algum lugar hoje em dia, que já não sentimos aqui em baixo.
Voar, ver como o mundo é lindo para ter um incentivo e forças para lutar pela natureza.
Ou também poder respirar em baixo d'água, para provar as maravilhas das profundezas. Desfrutar o prazer de ver inúmeras espécies, nadando ao redor, que estão se tornando mais e mais raras.
Ver a vida da maior baleia, ao menor molusco. E de também poder sentir a liberdade rodear meu corpo. Gostaria de fazer tudo isso, para ver que o mundo é puro e bonito, e não é apenas milhões e milhões de carros rodando por ai o dia todo.
De ver como o mundo é minucioso em detalhes e são eles que fazem você ganhar o dia apenas ao ver um veloz beija flor, ou de ter uma minúscula borboleta colorida em seu ombro.

#Fail #Fail #Fail.

Mais uma boa nova do goveno diretamente para vocês. Fora a robalheira geral de um famoso brincalhão canalha chamado Arruda, eis que surge uma notícia.
Abri um e-mail da minha mãe, e li o suficiente para ficar de queixo caido, ou ter taquicardia, se assim quiser.
Cria-se a bolsa-presediário, ou como a apelidei, bolsa-sustenta-marginal.
Então já não basta todas as outras bolsas criadas pelo nosso saudoso Governo, aparece esta piada, obra do magestoso Circo do Presidente Lula e Cia.
Os familiares dos presidiários, tenham eles cometido roubo, sequestro, homicídio e afins, estão sujeitas a receber por volta de R$ 750,00, pois os pobrezinhos dos encarcerados não podem mais sustentam as mesmas.
Tudo muito bem, tudo muito bom, mas esquecem que os trabalhadores honestos, que batalham, trabalham 8 ou mais horas por dia, ganham apenas um mísero salário mínimo de pouco mais que R$ 500,00. E nem por isso eles saem às ruas matando e assaltando a todos.
E, fora essa grande injustiça, o dinheiro não sai do circo de horrores de Lula, mas sim de nós, com os impostos, taxas e semelhantes.
Políticos acham que no circo deles faltam palhaços e pensam que podem nos promover a este cargo!
Boooooooooa Governo Lula, cada dia mais me surpreendendo e caindo no meu conceito.

28 de janeiro de 2010

school and cia .

Chega a essa época do ano e, eu fico apreensiva sobre como será o maldito primeiro dia de aula.
Todos, agora falam: 'como ficarão as salas?', 'quem vai entrar, quem vai sair?', 'com quem eu vou sentar'.
E, é ai que eu penso, que tenho algum problema, só pode. Acho que penso nisso, para não pensar nas outras coisas que andam me preocupando ultimamente. E eu sinceramente não sei como vou ficar quando as aulas começarem. Por vários motivos, o que mais me preocupa é a distância.
Por isso que eu digo, que a dor venha de uma vez, rápido e repentinamente, que doa, doa e vá embora. Não fico me martirizando, porque eu sei, que se for pra ser, será.
Só que há vezes, que quero abrir um buraco em baixo dos meus pés, e me abrigar lá dentro, até que todo o medo e dúvida tenham passado. Ou pelo menos ser invisível, para que nada me atinja como vêm atingindo.
Quer saber, que todo o mundo se exploda ! Quero viver para mim de agora em diante (aaham, claro, até parece ¬¬) hehe (:

ps: estou bem bipolar hoje, nem notem (:

not !

eu sei que faz maior tempão que eu não posto nada, mas é que no momento eu estou de férias e sem cabeça, mais tarde quem sabe eu coloque alguma coisa . :S
beeeijos

13 de janeiro de 2010

women.

Lendo um texto que Paulo Coelho escreveu para mulheres, descobri que além de nunca estarmos satisfeitas com a própria aparência, os homens gostam de nós, do jeitinho que somos. Umas mais cheinhas, outras mais baixinhas ou altas, porque além de olharem só para nossa aparência, como achamos que eles fazem, eles olham para o nosso conteúdo.
Não digo que todos os caras vão fazer isso, até porque, muitos não fazem. Mas os que queremos que olhem para nós, dão a devida importância para os nossos sentimentos e afins.
Acho que devíamos parar de reclamar de como a vida é melancólica. A cada dia que acordarmos, deveríamos dar uma espiada pela janela e ver como ela na verdade é linda.
Deveríamos cuidar de nossa pele, de nosso cabelo, dos nossos sentimentos, para nos distinguirmos dos homens. Porque já bastam eles com a barba a fazer, o cabelo desgrenhado e com sentimentos nunca expostos.
Chega de cuidarmos tanto do peso e fazer tantas dietas, os homens gostam de nossas curvas e gordurinhas a mais.
Uma mulher de verdade, que pode dizer que é mulher mesmo, faz dieta sim, mas para quando acha que não irá mais conseguir controlar a gula. Ela vai para academia também, mas fica por lá até achar necessário, não extrapola em pesos ou corridas. Uma mulher faz tudo o que deve e pode, mas com limites, seguindo vontades e demandas de seu próprio corpo, não age apenas para mostrar aos outros como ela é forte.

11 de janeiro de 2010

'saudade...

...é não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. saudade é não querer saber. não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.'

8 de janeiro de 2010

i miss u :S

Ah, eu odeio a distância, a saudade, morar longe de quem eu gosto.
Justo eu, que pensei que nunca sofreria por isso, sou uma das que mais sofro. Minha melhor amiga, não mora na mesma cidade que eu, e vai pra fora do país com frequência. Quando pensei que tinha encontrado felizmente a pessoa com quem daria certo, a maldita distância toma ela de mim.
Toda a minha família mora a um oceano de distância, ou melhor a única parte da família que eu considero minha família.
Gostaria que a saudade não existisse, queria ser fria e sem sentimentos perante a distância, e simplesmente conseguir esquecer. Mas não dá. E cada vez que penso que vão me tomar uma pessoa importante, esse sentimento toma conta de mim.
EU ODEIO ISSO !

a pior ):

Eu queria poder mudar o mundo. Tentar fazê-lo melhorar, reclamar, debater.
Fazer com que as pessoas organizassem mais suas vidas, dessem mais valor às suas famílias, melhorassem seus valores, pensassem antes de agirem.
Mas eu nem ao menos consigo organizar meu quarto.
Queria poder mostrar que o mundo pode mudar, pode melhorar, pode combater as pestes piores que AIDS ou malária, o que nós chamamos de, inveja, egoísmo, desrespeito, luxúria.
Queria por a cara a bater, e protestar na frente de prefeituras, câmara de vereadores. Mas eu nem coragem tenho para defender quem eu gosto.
Queria fazer a diferença no mundo, mas eu não consigo nem ao menos fazer a diferença na minha casa.
Queria que parassem de poluir o planeta, mas não consigo organizar nem meu próprio lixo.
Queria mudar os outros, mudar você e mudar a mim mesma, pois se todos fossem igual a mim, o mundo seria uma catástrofe. ):

6 de janeiro de 2010

a lição

Hoje assisti Avatar. E pode crer, é um dos melhores filmes que eu já vi.
Poucos filmes me emocionam do começo ao fim, e esse conseguiu me deixar emocionada até agora. Achei que seria mais uma daquelas ladainhas de ficção científica, ETs, planetas descobertos e lutas.
Mas, ao contrário de toda a minha pré definição, o filme é uma lição, de união, proteção e instintos. Ao contrário de muitos que não viram e pensam que o filme é uma besteira, na verdade é um aprendizado.
O filme demonstra claramente o quão futil e mesquinho o ser humano pode ser perante tudo e todos. O quanto ele se acha superior a qualquer raça, inclusive a do filme. Como pode ser avassalador pelo mero fato de querer demonstrar o poder ou o maldito 'eu falei!'. E de gostar de produzir medo e temor ao resto.
Com o filme aprendemos que a praga que está tomando conta do mundo é o egoísmo, o egocentrismo e aquele bichinho que chamamos de cobiça, luxuria. E que estamos esquecendo de preservar, de pensar que não existe apenas o EU, e sim o NÓS.
Mostra que os humanos deveriam ser menos racionais e mais instintivos e protetores, como os Na'vis são no filme. Para eles a natureza é o centro, os animais são protegidos e não postos à caça como todos nós fazemos.
E para mim o filme mostra, que o ser humano pode mudar como Jake mudou ao ser exposto a cultura dos Na'vis. Que depois de perceber o mal que estamos fazendo, nós podemos mudar.
E esse é o problema, os seres humanos não querem mudar, se fazem de cegos e surdos a tudo que está acontecendo ao mundo, a tudo o que vai acontecer, se não pararem de enxergar só o que querem.
O filme conseguiu passar a lição que muitos outros filmes tentam. Ele toca lá no fundo, como se você estivesse no meio da história, e fazer você observar o que está acontecendo no mundo.
Pode acreditar, vale a pena assistir.

eis o mistério, fé

E então, terminei o Símbolo Perdido, e confesso, um dos melhores livros que li até hoje.
Quando comprei, não botei muita fé nele, por saber que Dan Brown adora uma boa dose de ficção. Mas daí em diante comecei a ler, e simplesmente não parei mais.
E, para mim, o livro passou uma grande lição.
Ele fala sobre maçonaria, e em como Robert é descrente sobre tudo. E, na cara dele, aparece a prova de que a fé pode ser tocada e pode se materializar.
Ele descobre que a fé pode "mover montanhas" como pode fazer um milagre.
Eu admito, nunca me liguei muito na minha religião, o catolicismo. Mas eu acredito verdadeiramente em Deus, e sei, que ele está perto de nós desde sempre, e para sempre, e nunca vai nos deixar nas mãos. Por mais difícil que seja acreditar nisso.
O livro mostra que ter fé, não é o fato de ser devoto a deuses, ou santos, ou rezar todo o santo dia. Ter fé, é saber, sentir, e acreditar que algo pode se tornar que real, que algo pode melhorar. Mas não basta ter fé, sem ir a luta. E eu acho que uma das coisas mais belas que o ser humano conseguiu conservar dentro de si é a fé, e a força de vontade, uma pena que ela esteja evaporando e indo embora.

4 de janeiro de 2010

melhor amigo colorido!

Certo verão, estava eu na piscina em um clube da cidade. Rodeada de amigas, vi um garoto ao longe, com alguns de meus amigos e conhecidos. Percebi que ele, era o único que eu não conhecia. Depois de um tempo conversando com as meninas, fui comprimentar os outros, eles estavam jogando futebol e todas nós chegamos juntas.
Então me apresentaram o dito garoto que eu não sabia quem era, me explicaram que era primo de um amigo e o nome dele era Fábio.
Conversa vai, conversa vem, e algumas horas depois vimos que já estava escurecendo. Passei então meu msn para ele em uma folha de guardanapo.
Quando cheguei em casa, não me desapontei, entrei no meu msn e lá estava um novo contato me adicionando.
Nos encontrávamos todo dia no clube da cidade, ficávamos horas e horas conversando, contando os nossos segredos mais perversos, falando mal de algumas meninas e outros meninos, e um tempo depois percebemos, que mais do que conhecidos ou amigos, nos tornamos quase irmãos. E, fazendo jus a essa irmandade, nos chamávamos de irmãos sempre, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Essa aproximação me fez refletir então, que pode sim existir uma verdadeira amizade entre sexos opostos, e fiquei feliz por ter um amigo no qual podia contar a qualquer hora, e mais do que isso, nele eu podia confiar mais do que nas minhas amigas de infância, pois sabia que não existia maldade nas palavras dele e que a qualquer momento podia me derrubar como em meninas.
Tudo muito lindo, tudo muito bom, e após dois gloriosos anos de amizade, ele estava namorando. E eu? Não sei, bateu raiva da menina, não ia com a lata dela antes, depois do namoro então só piorou. Na verdade ela era bem baranga, e eu falei isso para ele, ele não se abalou com minhas palavras e não fez nada. O namoro terminou e ele disse que eu tinha razão. Isso aconteceu algumas vezes, com algumas meninas. E de todas elas eu tinha o maior ciúme. Mas e como eu ia falar isso para ele? Eu não podia me apaixonar por ele, ele era meu irmãozinho!
Mas, como em sentimento não se pode mandar, um belo dia, percebi que o que eu sentia por ele era mais do que amizade, MUITO mais. E então joguei tudo na cara dele já sabendo da resposta "eu gosto de você como uma irmã, nada mais que isso".
Mas a resposta foi diferente, ele falou que eu era especial também, mais do que uma amiga.
Então no dia seguinte nos encontramos no clube, e marcamos de ir para o cinema. Sim, eu fiquei com ele, e estava já pensando em namoro e tudo. Como eu fui burra. Nada depois disso foi igual, nossa amizade foi por água abaixo, e eu não sabia mas na época ele estava ficando com uma menina que atualmente ele está namorando, a menina, como vocês podem imaginar, me odeia, e eu por consequência odeio ela. A minha irmandade acabou, meu melhor amigo foi embora, e agora eu penso que eu confundi tudo, eu apenas queria a amizade dele, estraguei tudo me afogando nos meus sentimentos, o mais sincero amigo foi embora como quando a água escorre nos nossos dedos. E acho se nada disso tivesse acontecido eu ainda poderia ter meu melhor amigo e irmão comigo !

Pauta para Blorkutando!

PS: Desculpa foi mais um desabafo.
PS2: Nome alterado, mas aconteceu realmente.