4 de outubro de 2010

“O Brasil não é para principiantes.”

Inicío o texto com uma frase de Tom Jobim, e acho que ela diz muito sobre como vivemos hoje. Algumas notícias não nos chocam mais, pois estamos acostumados por morar aqui, e confrontar com isso dia a dia. Mas estrangeiros que vêem tudo de fora, ficam boquiabertos com tamanha falta de ética, respeito e educação que o país tem.

Nascemos em um país de 3º mundo. Vivemos ouvindo notícias sobre pobreza, violência, crises, corrupção, maus políticos.

Em meio a tudo isso, aprendemos a viver em um meio país. Um país com meia educação, com meia economia, com meia cultura, com meia saúde. Nada é completo aqui. Uma parte do país, diga-se sul, é autossuficiente, enquanto a outra mal consegue sobreviver com o que o país inteiro produz.

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e ex presidente da República, afirma “que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está ai”.

Após refletir sobre tal julgamento, vindo de alguém que atuou na política do país, e que vem tentando estudar, a pelo menos 50 anos, o Brasil, alguns podem pensar que ele diz que o nosso país não pode mudar, ou que talvez não tenha esta circunstância.

Por outro lado, outros podem pensar que o quadro do Brasil, pode sim ser revertido, mas em suas condições. Ele não pode mudar por conta própria, enquanto políticos roubam, a educação não existe, e o sistema de saúde é falho. O Brasil só muda quando os brasileiros mudarem o todo. O Brasil vai melhorar apenas quando ele for íntegro. Quando todos quiserem viver em uma sociedade justa e igualitária.

Mas nem todos querem isso. Os poderosos, que estão no topo de tudo aqui, não pensam por um segundo sequer em tentar reverter o estado social, econômico e político que o país se encontra. Pois transformando o país, tudo irá virar-se contra eles. De nada adianta só os pobres e miseráveis lutarem por um mundo melhor. O país não vive dos muitos que falam por ai, mas sim dos poucos que agem. O que falta hoje no mercado.

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